Introdução e Objetivo
Os pneus podem ser um enorme problema para meio ambiente, pois muitas vezes são descartados de maneiras incorreta pela população. Devido a isso pode haver propagação de pragas, correr sérios riscos de incêndio e possuir tempo indeterminado para se decompor na natureza. Mas existem várias formas de reciclagem e de se reaproveitar os pneus, mas só isso é sufuciente. Devido a tudo isso, o objetivo do estudo foi estudar o comportamento tenso-deformacional destas misturas para o uso como agregado miúdo nas misturas betuminosas.
Metodologia
O presente artigo foi desenvolvido a partir da revisão bibliográfica de autores conceituados que discorrem a respeito do tema e a prática em laboratório. No laboratório da empresa NOVACAP de Brasilia, foram feitas várias amostras de agregados de pó de borracha para através de ensaios, caracterizar os materiais. Em seguida, obteve-se as curvas granulométricas desses agregados para adequá-las em uma faixa de trabalho usado na produção de concreto betuminoso usinado a quente. Dessa forma, foram desenvolvidos corpos de provas com e sem a mistura de pó de pneu para realizar ensaios de peso específico, estabilidade Marshall e fluência.
Resultados
De acordo com a pesquisa realizada, o método pelo qual usa-se mais pó de borracha, como reciclagem, é para preparações de misturas betuminosas. Porém para que isso ocorra da maneira correta, a borracha precisa passar por um processo de granulometria para ser separado as impurezas. Após isso, o pó da borracha, pode ser usado como modificador de ligante e como material incorporado aos agregados.
Entre outras vantagens do uso do pó de borracha nas misturas betuminosas, vale destacar a menor possibilidade de produzir o fenômeno da aquaplanagem; a macroestrutura da mistura é muito boa, favorecendo o contato entre o pneu e o pavimento; e melhora o meio ambiente, pois desfaz-se de um resíduo incomodo de uma maneira segura.
Neste trabalho, o pó de borracha foi adicionado aos agregados substituindo a areia e em seguida foi acrescentado o cimento asfáltico de petróleo. Nessas misturas, os agregados foram aquecidos até 165ºC e depois acrescentado o pó de borracha. Depois, foram misturados por aproximadamente 3 minutos a mistura se efetivar e ocorrer o inchamento da borracha. Após isso, foram feitos corpos de provas que foram submetidos ao método Marshall, recebendo, segundo a norma ES 313/97 do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER), 75 golpes por face. Logo depois, foram deixados em descanso por 24 horas e observou-se que não ocorreu nenhuma expansão, além disso, também foi notado que não houve repique durante a moldagem, com exceção dos corpos com 6% de pó de borracha.
Observou-se que quanto mais é acrescentado o pó de borracha, acontece um aumento nos níveis de vazios, um decréscimo na densidade aparente e uma redução no valor da estabilidade Marshall. Porém, observou-se que o melhor traço de concreto betuminoso usinado a quente com pó de borracha que obteve melhor desempenho, superando o convencional, foi quando incorporado 1% de pó de borracha, mas que esse 1% obteve resultados melhores no plano Marshall que as misturas usadas convencionalmente sem o uso de pó de borracha.
Considerações Finais
Conclui-se que os resultados do concreto betuminoso usinado a quente utilizando amostras com o pó de pneu até 1% apresentam bons resultados, pois além de dar mais resistência, ainda traz benefícios da borracha na questão da aquaplanagem, no contato do asfalto com o pneu do carro e também porque serão consumidas várias toneladas de pneu que poderiam ser descartados de maneira incorreta no meio ambiente, ocasionando e propagando doenças para a população.