Introdução e Objetivo

Com o aumento das proporções das construções e a necessidade de conclusão de obras em tempos cada vez menores, tecnologias e métodos de construção são criados para atender cada projeto. Para determinar a melhor tecnologia a ser utilizada em uma edificação, sempre analisando variáveis custo e benefício.

Para as grandes construções que não suportam grandes pesos foi desenvolvida uma tecnologia chamada Bubbledeck. O sistema visa diminuir o peso das lajes eliminando o volume de concreto no interior, tornando-as mais leves e resistentes. A tecnologia utiliza esferas plásticas entre telas de aço, que garante a resistência sem o peso do concreto que não exerce nenhum papel estrutural.

Lançando mão desses elementos esféricos no meio das lajes, é possível diminuir 35% do peso de lajes normais, o que permite remover as restrições de cargas permanentes elevadas e ainda pequenos vãos.

O presente trabalho tem o objetivo de fazer um levantamento da aplicação dessa tecnologia na construção civil.

Metodologia

Por meio de pesquisas bibliográficas sobre a tecnologia chamada Bubbledeck e sobre métodos alternativos de uma construção mais leve, com enfoque nas lajes em esferas plásticas. As pesquisas foram realizadas em artigos científicos e trabalhos da área, a fim de um embasamento teórico estruturado.

Foram selecionados tópicos importantes a serem abordados e a realizou-se uma pesquisa com construtoras que buscam trabalhar com o método apresentado.

Resultados

A ideia de aprimorar o uso do concreto com sua utilização somente onde ele possui função estrutural não é atual. As lajes ocas foram inventadas com o conceito que consiste na aplicação do concreto somente em regiões comprimidas, de modo a evitar perdas de material e aumento de peso estrutural.

No entanto, estas cavidades ocas diminuem significativamente a resistência da laje de cisalhamento e de fogo, assim, reduz a sua integridade estrutural.

Dessa forma, aparece a Bubbledeck no cenário de construção civil como uma possível solução para a estrutura de concreto armado, para aumentar a agilidade na execução de obras e para reduzir os custos com material e mão de obra.

O engenheiro Jorgen Breuning na década de 80 em um concurso dinamarquês apresentou uma laje de concreto com vazios onde eram introduzidas esferas plásticas nos locais em que o concreto não exercia nenhuma função estrutural, devido ao fato do concreto ser um material que não trabalha sob tensões à tração.

O primeiro projeto utilizando tal tecnologia previa a utilização de lajes ocas tubadas. Porém, antes que fosse iniciada a construção decidiu-se utilizar o conceito de lajes com esferas plásticas, o que resultou em uma aceleração dos ciclos dos andares de 10 para 4 dias.

Além disso, a aplicação das esferas plásticas também resultou em uma redução em 50% dos pilares utilizados na obra, e em uma economia de quinhentas viagens de caminhão. Foi possível adicionar dois andares a mais devido à diminuição do pé direito.

As esferas ocas são primeiro combinadas com malhas superiores e inferiores de armadura nas fábricas para formar as pré-lajes Bubbledecks. As dimensões das esferas e o espaçamento entre elas são variáveis. A flexibilidade resultante desse método garante aos módulos uma adaptação fácil para qualquer tipo de piso, e a laje pode acomodar tubos e partes de instalações.

Além disso, o sistema Bubbledeck apresenta um modelo construtivo capaz de preencher as necessidades do mercado e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais. Propõe um empreendimento sustentável que seja ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito.

Considerações Finais

Como pode-se compreender no decorrer do texto, a tecnologia Bubbledeck possuir uma ampla aplicação na construção civil, além de apresentar diversos benefícios, as esferas plásticas poupam tempo e dinheiro devido a redução de peso, mão de obra e desperdício de materiais. Essa tecnologia deve ser considerada em projetos que visam um tempo menor para construção. Assim, é possível garantir o melhor custo-benefício para o projeto.