Introdução e Objetivo

O Enfermeiro tem a responsabilidade de oferecer cuidados como ferramenta para a melhoria da saúde da pessoa. Como profissional voltado para o cuidar, participa de maneira integral nas ações voltadas para a educação em saúde para conduzir a clientela a obter uma melhor qualidade de vida. São muitas as formas de educar e aplicar os cuidados para promoção da saúde e prevenção de doenças. O Enfermeiro, no seu papel de educador, deve desempenhá-lo de tal maneira que consiga atingir diferentes pessoas, de diferentes níveis e em diferentes lugares. O campo do seu trabalho alcança pessoas únicas com diferentes diagnósticos e, independente da exaustiva carga de trabalho, ali está para prestar o cuidado, tratando da forma como gostaria de ser tratado. Importante, também, é ter a consciência esse profissional poderá necessitar do mesmo cuidado e atenção. O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma vertente importante da profissão do Enfermeiro que é “o cuidar humano ao ser humano”.

Metodologia

O Enfermeiro é visto como referência na área assistencial, envolvendo a saúde da coletividade como um todo. Deve-se, então, trabalhar por amor às vidas, independente da carga horária excessiva e do estresse adquirido no dia a dia, pois, o sucesso do Enfermeiro apóia-se na humanização da assistência. A metodologia utilizada foi a revisão sistemática da literatura, tendo como ferramenta norteadora, material já publicado sobre o tema; artigos científicos, publicações periódicas e materiais na Internet disponíveis nos bancos de dados SCIELO, BIREME e COFEN – Conselho Federal de Enfermagem. Os critérios para seleção dos artigos foram aqueles que retratavam o assunto e publicados no idioma português que abordassem as palavras-chave cuidar em enfermagem, ética no cuidar, humanização da assistência e assistência de enfermagem.

Resultados

Observa-se diversos estudos que buscam identificar a finalidade do trabalho do Enfermeiro. Autores reconhecem esse profissional como um facilitador do trabalho dos demais membros das equipes de saúde. É importante citar o predomínio da função gerencial nas rotinas do Enfermeiro, porém, freqüentemente o próprio Enfermeiro indica pouca aceitação desse caráter em seu trabalho, tendo como ideal profissional a assistência humana e direta ao cliente, família e coletividade.  A sua prática ainda tem sido a de coordenar e supervisionar setores de assistência a saúde, bem como a elaboração de plano de atividades e escala de folgas, previsão de material e pessoal, além de outras atividades. No processo de formação acadêmica, durante os estágios curriculares, acadêmicos experimentam situações que fogem à realidade da profissão, como o fato de prestar cuidados a um único paciente, alimentando a visão idealizada da assistência direta. Somente após a graduação é que o profissional consegue ter uma percepção mais real sobre o seu trabalho, podendo focar sua responsabilidade na assistência aos pacientes, seguida das atividades de gerenciamento do cuidado, porém, devem ser consideradas as exigências do mercado de trabalho quando, então, serão cobradas suas habilidades de gerenciamento. Certo é que o Enfermeiro não apenas gerencia, mas também realiza o cuidado com excelência para seguir no dia a dia com tranqüilidade e sentimento do dever cumprido. A atividade do Enfermeiro envolve muitas áreas, pois é uma ciência que, em parceria com outros profissionais da equipe de saúde, se dedica a promover, manter e a restabelecer a saúde das pessoas. O Enfermeiro tem o dever e obrigação de manter o valor da vida até o fim, pois atua inclusive na assistência ao paciente sem perspectiva terapêutica, proporcionando assim a dignidade do ser humano nos seus últimos momentos de vida. Cuidar significa, fundamentalmente, ser solidário e companheiro com aqueles que hoje passam pelo “vale da sombra da morte” porque, hoje são eles, e amanhã poderá ser o Enfermeiro. Por isso afirmamos que “ser Enfermeiro é oferecer o cuidado humano ao ser humano”. Isso significa ser “gente cuidando de gente”.

Considerações Finais

O encontro Enfermeiro-Cliente deve ser visto como um momento de interação humanizada para suprir as necessidades básicas afetadas com as consequências da doença e no decorrer do tratamento, estabelecendo o compromisso com seu bem-estar, o que é diferente do compromisso apenas com a cura. Cuidar é uma possibilidade de intervir e transformar na situação de cuidado e faz-se necessário a presença do ser Enfermeiro que, acima de tudo, deverá ter em mente que está nesta área para cuidar e servir.