Introdução e Objetivo

Qualidade de vida (QV) é um termo que indica condições de vida de um ser humano e envolve várias áreas como o bem físico, mental, psicológico e emocional, relacionamentos sociais, saúde, educação e outros parâmetros que afetam a vida humana. Para garantir uma boa qualidade de vida, deve- se ter hábitos saudáveis, cuidar do bem físico, ter uma alimentação equilibrada e relacionamentos saudáveis. Evidentemente, a unidade de trabalho pode influenciar na qualidade de vida, inferindo que o trabalho no hospital, mais especificamente os enfermeiros (as), acarreta a um desgaste tanto profissional quanto emocional, podendo prejudicar a qualidade de vida do profissional enfermeiro. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o nível de qualidade de vida dos enfermeiros (Enfermeiros, Técnicos em enfermagem e técnicos em radiologia) do Hospital Santa Casa (HSC) de Campo Mourão/Pr.

Metodologia

O estudo, apresentou-se de forma Quantitativa de caráter descritivo. Contou com a participação de 30 profissionais de enfermagem ( técnicos em enfermagem e radiologia e enfermeiros), com idades entre 20 a 50 anos de ambos os gêneros, do Hospital Santa Casa de Campo Mourão/PR. Para coleta de dados, foi utilizado o questionário proposto por Nahas (2006). As perguntas se basearam em assuntos como: nutrição, atividade física, componente preventivo, relacionamento e controle de estresse e ofereceu como alternativa as seguintes opções:[0] absolutamente não faz parte do seu estilo de vida, [1] às vezes corresponde ao seu comportamento, [2] quase sempre verdadeiro no seu comportamento, [3] a afirmação é sempre verdadeira no seu dia-a-dia; faz parte do seu estilo de vida. Os voluntários responderam individualmente as questões.

Resultados

De acordo com os resultados, constatou-se que para o assunto Nutrição, 53,3% não obtiveram os devidos cuidados com a alimentação, evidenciando que uma minoria (8,9%) tem cuidados com os hábitos alimentares, evitando a ingestão de alimentos gordurosos, de valores calóricos elevados. No item Atividade Física, 50% dos avaliados apresentaram que a atividade física não faz parte do cotidiano. Apenas 16% apresentaram que a Atividade Física faz parte dos seu dia a dia. No Comportamento Preventivo, 41% dos participantes apresentaram controle desse aspecto e dando devida atenção em detalhes como pressão arterial, o não tabagismo e a não utilização de álcool ou utilização moderada. No item Relacionamentos, 49% dos voluntários alegaram manter seus relacionamentos pessoais e ter um bom relacionamento também dentro da empresa com os colegas de trabalho, estendendo até os momentos de folga. No campo do Controle do Estresse, mais uma vez os resultados foram negativos (30%), possivelmente pela alta carga horária e pelo estresse gerado pela grande responsabilidade da profissão.  De acordo com os resultados obtidos ficaram evidentes que os cuidados com a qualidade de vida não foram dados como prioridade pelos participantes, sendo que dentre os cinco campos, apenas em dois obtiveram resultados considerados de razoável a bom (Comportamento Preventivo e Relacionamento).

Considerações Finais

Pode-se concluir que  a busca pela Qualidade de Vida e o entendimento, não foram prioridade para o grupo avaliado, sugerindo uma intervenção ou conscientização da importância da manutenção de hábitos saudáveis. Para o profissional da Educação Física cabe informar e auxiliar nos campos da Atividade Física e Lazer,  porém depende de cada indivíduo entender e buscar formas de cuidar de si mesmo e aceitar que o cuidado com esses aspectos ajudarão a garantir uma melhor condição de vida.