Introdução e Objetivo
Dentro do ambiente de gerenciamento de projetos existe uma área que estuda a priorização de projeto chamada Gerenciamento de portfólio. Esta área gerencia o conjunto de projetos e programas que estão alinhados com a estratégia da organização, porém a priorização inadequada de um projeto pode gerar sérios danos em aspectos como: financeiro, tempo e imagem da marca e que podem determinar a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma organização. A proposta deste trabalho é criar uma ferramenta que servirá de suporte para a tomada de decisão de diretores, administradores e gestores no momento de definir os projetos que serão desenvolvidos pela organização. Essa ferramenta utilizará como base ferramentas financeiras como TIR, VPL e PALBACK e técnicas multicritério como Visão Baseada em Recursos (VBR), Capacidade Dinâmica (CD) e Capacidade de Absorção (CA).
Metodologia
A pesquisa será conduzida na área bibliográfica para levantamento das técnicas que serão aplicadas ao software em desenvolvimento. Na construção da ferramenta será utilizada técnicas financeiras amplamente conhecidas como TIR, PAY BACK e VPL comparando com métodos multicritério como Visão Baseada em Recursos, Capacidade Dinâmica e Capacidade de Absorção. Para a conclusão do trabalho é esperado determinar se as técnicas e métodos multicritério em conjunto com as técnicas financeiras de avaliação de viabilidade de projetos e a proposta de disposição dos resultados de cada técnica tabuladas e aplicadas aos projetos em discussão, representaram ganhos em relação ao gasto de tempo para a seleção de projetos ou um percentual de assertividade em relação aos projetos escolhidos e que geraram lucro para a organização. Ao longo do desenvolvimento do projeto será determinado o ambiente onde o gerenciamento de portfólio será realizado e os limites para os testes.
Resultados
A pesquisa considera ainda estudar outras técnicas de priorização como Electra e AHP (analytical hierarchic process) para alcançar um nível maior de assertividade e englobamento das variáveis que contemplam a decisão de escolha de um projeto. Dentre essas variáveis pode-se indicar: nível de senioridade profissional da equipe, variedade técnica, alinhamento com a estratégia de curto e longo prazo da organização, impacto da marca, análise de aproveitamento dos recursos existentes na organização e capacidade de absorção de novas técnicas de trabalho além, é claro, das variáveis tradicionais, tempo, custo e escopo.
A ferramenta em desenvolvimento tem como fluxo de processo permitir cadastrar os projetos e suas características que servirão como base para os cálculos das colunas rankiadas. Estas colunas consistem nas técnicas TIR, VPL, PAYBACK, VBR, CD e CA. A ferramenta permitirá escolher uma data para a reunião, onde serão decididos os projetos que a software house em questão irá desenvolver no próximo ciclo de projetos. Estabelecida a reunião e seus projetos já cadastrados e vinculados será possível gerar o rankeamento dos mesmos. Este processo irá definir, para cada técnica de priorização empregada pelo software, qual será do melhor ao pior. Este software não tem a premissa de definir qual a sequencia exata que deve ser apresentada para que a software house desenvolva seus projetos. Os Diretores e Gestores devem, a partir das informações apresentadas pelo Grid formado pelos rankings das técnicas e seu feeling pessoal, referente a área de negocio atuante, tomar a decisão de quais projetos selecionarem e quando serão desenvolvidos.
Considerações Finais
Análise que define qual projeto deve ser feito e em qual momento, passa a ser cada vez mais complexa, visto a infinidade de propostas de novos projetos que surgem a cada dia em detrimento aos recursos escassos para desenvolvê-los e ao alinhamento estratégico definido. Dentro deste ambiente turbulento surge a possibilidade de oferecer uma ferramenta que traga mais informações gerenciais e sintetizadas para minimizar o impacto dessa tomada de decisão e o tempo despendido para tanto