Introdução e Objetivo
Evidências científicas demonstram o crescimento das doenças crônicas não transmissíveis decorrentes de um conjunto de fatores de risco, dentre os quais a alimentação. No Brasil, o movimento de promoção da saúde destacou - se com a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, porém somente em 1988, a Constituição Federal Brasileira passou a enfatizar o tema da promoção. A alimentação saudável atua como um dos requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde, possibilitando elevação do potencial no crescimento e desenvolvimento humano. O Ministério da Saúde, elaborou Guia Alimentar para a População Brasileira que contém as primeiras diretrizes alimentares oficiais. O objetivo principal desse trabalho é demonstrar como bons hábitos alimentares interferem no funcionamento ideal do organismo bem como podem prevenir doenças não transmissíveis segundo a Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.
Metodologia
Levantamento bibliográfico sobre hábitos alimentares saudáveis e sua relação com a prevenção de doenças não transmissíveis, através de busca por artigos cientificos atuais e guias específicos. As palavras-chave ou unitermos utilizadas para busca ativa de artigos foram, promoção, saúde, nutrição e alimentação.
Resultados
Atualmente a promoção da saúde se apresenta como uma proposta inovadora incorporando um conceito ampliado de saúde, que tem como objetivo propiciar melhor nível de vida e saúde às populações. Essa temática vem sendo discutida cada vez mais de forma mais vigorosa, porém historicamente desde a década de 70 o assunto já se discutia nos países desenvolvidos como Canadá, Estados Unidos e Europa Ocidental. No Brasil, a Constituição Federal Brasileira de 1988, descreve e enfatiza o tema da promoção quando declara no art. 196: "A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação". Para garantir uma alimentação adequada e saudável deve - se contemplar o resgate de hábitos e práticas alimentares regionais, valorizando a produção e o consumo de alimentos locais, assim tendo baixo custo e elevado valor nutritivo, livre de contaminantes, e padrões alimentares mais variados em todos os ciclos de vida. Por meio da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, o Ministério da Saúde incentiva os bons hábitos e orienta sobre riscos de doenças causadas pela má alimentação através de um Guia da Alimentação Saudável, nesta publicação é destacado dez passos para uma prática adequada de alimentação. Sequencialmente o primeiro passo é o incentivo a comer feijão e arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. A orientação é que devemos consumir diariamente três porções de leite e derivados, e uma porção de carne, aves, peixes ou ovos. O guia orienta o consumo, de uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. No quarto passo, destacamos que é interessante se evitemos refrigerantes, sucos industrializados e doces em geral. É fundamental que para evitar doenças crônicas haja uma diminuição da quantidade de sal na comida. A água também é essencial para o funcionamento do nosso organismo. O sétimo passo é a prática de ao menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o cigarro. É de suma relevância que se faça pelo menos três refeições e dois lanches saudáveis por dia. Por fim e não menos importante coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas.
Considerações Finais
Os desafios para o campo da alimentação no contexto da promoção da saúde são inúmeros. No entanto, o Ministério da Saúde através do Guia da Alimentação Saudável apontam para a possibilidade de compatibilizarmos diferentes olhares e perspectivas de orientarmos para uma alimentação saudável. Entendems por fim que, o papel dos profissionais da saúde necessita ser mais divulgado frente à demanda da temática alimentação, faz-se necessário uma compreensão mais qualificada do assunto.