Introdução e Objetivo
INTRODUÇÃO
As neoplasias mamárias em felinos são a terceira casuística mais comum que acometem as gatas, a grande maioria é considerada maligna, com elevado poder metastático e alta taxa de mortalidade, seu prognóstico é desfavorável, podendo levar a gata ao óbito de 6 a 12 meses após o diagnóstico. O principal exame complementar que auxilia no diagnóstico de metástase é o radiográfico. O tratamento de eleição é o cirúrgico, porém cada caso é singular, cabe ao clínico avaliar todos os prós e contras, em relação a este tratamento. Objetivou-se com este trabalho relatar o caso de uma gata acometida por neoplasia mamária, com metástase.
Metodologia
RELATO DE CASO
Foi atendida uma gata, siamês, 17 anos, pesando 5,500 kg, castrada, no Hospital Veterinário da Faculdade Integrado de Campo Mourão. A proprietária relatou durante a anamnese apatia, anorexia, oligodipsia, oligúria, e aparente desconforto respiratório ao suspeitar de febre, administrou um antitérmico no animal. Ao exame clinico, o animal apresentava frequência cardíaca de 216 bpm, frequência respiratória de 140 mpm, com respiração abdominal, nódulos mamários na região torácica, sendo estes aderidos, áreas de silêncio pulmonar, à auscultação, os demais parâmetros fisiológicos estavam dentro dos valores normais. Suspeitando-se de metástase pulmonar, realizou-se exame radiográfico do tórax, confirmando a suspeita, o animal apresentava metástase pulmonar e efusão torácica. Devido a gravidade do quadro clínico e da angustia respiratória do animal a proprietária optou pela eutanásia, após a realização da mesma a proprietária levou o animal para casa, para enterrá-lo.
Resultados
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A neoplasia mamária em felino não é tão comum, porém animais acometidos na maior parte dos casos não apresentam melhora, um vez que a mesma apresenta alto poder metastático. Assim como constatou-se no caso acima relatado.
As neoplasias mamários em felinos são malignos, oriundos do tecido epitelial, apresentam-se aderidos à parede corpórea, sendo que 25% dos tumores mamários felinos encontram-se cobertos por pele ulcerada. A diferenciação entre maligno e benigno pode ser difícil, sendo que está se dá a partir de exames detalhados. As neoplasias mamários acometem fêmeas com idade entre 8 e 10 anos, porém, podem surgir tumores malignos em animais com menos de 5 anos, sem predileção racial. Os machos também podem apresentar nódulos mamários, porém em menor intensidade. Não há um fator especifico que predisponha o animal, eles podem ser: hormonais, endócrinos, genético, nutricional, emocional, entre outros. As neoplasias mamárias apresentam elevado poder metastático, invadindo especialmente o sistema linfático, atingindo principalmente linfonodos, pulmão, pleura, fígado, diafragma, glândulas adrenais, rins e ossos.
O exame citológico pode ser útil como diagnóstico diferencial de mastites, lipomas e mastocitomas, permite, ainda, diagnosticar a presença de metástases ganglionares. O exame histopatológico avalia características da arquitetura tecidual, necrose tumoral e auxilia o clínico no fechamento do diagnóstico do tipo de neoplasia e escolha do tratamento quimioterápico adjuvante. O exame histopatologico poderia ser realizado na gata, pois este, permite avaliar e classificar o tipo de tumor, sendo, que um dos resultados provaveis e mais comuns seria de carcinoma.
O tratamento varia de acordo com a particularidade de cada caso, na maioria dos casos, os animais acometidos por neoplasias são submetidos ao procedimento cirúrgico, para remoção dos nódulos. Nos pacientes em que o processo metastático já esteja avançado, faz-se apenas tratamento de suporte, uma vez que este processo é irreversível.
Considerações Finais
CONCLUSÃO
Em suma, as neoplasias mamárias em felinos são cada vez mais comuns. Acometem fêmeas e machos, sendo estes em menor incidência. Não apresenta predileção racial, acometendo fêmeas acima de 8 anos, mas pode ocorrer antes, sendo que são vários os fatores que predispõem o desenvolvimento de neoplasias.
No caso acompanhado optou-se por submeter o animal à eutanásia, uma vez que o caso era bastante singular, e o tratamento de suporte, não traria melhora na sobrevida do animal.