Introdução e Objetivo
Pouco se tem discutido, acerca dos dilemas enfrentados dentro dos complexos penitenciários, bem como, os fatores que influenciaram no depósito de pessoas nos mesmos. Para efetiva elucidação dessa realidade no sistema prisional brasileiro, é imprescindível relatar o retrocesso do pensamento psicossocial dentro dos presídios, remetendo a estratificação social, em que as sanções variam conforme a “qualidade” dos indivíduos. Em virtude disso, se encontra um verdadeiro encarceramento da mente dentro dos presídios, onde os indivíduos estão sujeitos a situações de vulnerabilidade, ocasionando inúmeros problemas psíquicos, como a depressão, ansiedade e distúrbios, constituindo em verdadeira opressão e acorrentamento da mente.
Por conseguinte, o estudo tem por objetivo fazer uma análise qualitativa das implicações cognitivas dentro dos presídios, propiciando a instigação ao debate e o pensamento crítico acadêmico.
Metodologia
Trata-se da utilização de pesquisas exploratórias sobre a temática proposta, bem como a utilização de livros, propiciando minucioso aprofundamento teórico e científico para o desenvolvimento do estudo. Da mesma forma, utilizou-se estatísticas do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e de algumas penitenciárias brasileiras, objetivando a concretização do estudo. Alicerçando as análises em um processo crítico e minucioso em cada vertente, buscando chegar a um comparativo das diversas proporções do sistema penal, que permitirá a fomentação reflexiva, crítica e humanística. Considera-se, também, uma metodologia de construção indutiva para o estudo meticuloso das influências e agravantes políticas e psicossociais relacionadas à problemática do encarceramento da mente nos presídios modernos.
Resultados
O sistema penal e a sociedade são interdependentes, prova disto está nos momentos históricos, como as ordenações filipinas e a idade média, em que se apresenta a origem do pensamento retórico em que a sociedade se encontra engomada. Correlacionado à mente conservadora de grupos políticos, os quais, tem corroborado para a formação da retratação social, em que os presídios formam um depósito de pessoas conforme interesses lucrativos e onde determinadas “classes” não tem vez. No rol da psicologia, atualmente, o presídio tem deixado indivíduos acorrentados mentalmente, devido às condições em que os presidiários estão subordinados, ocasionando indivíduos depressivos, ansiosos e anômalos. Em outro aspecto, é importante relatar a ausência da visita familiar como um agravante nas condições psíquicas do individuo ou então, as violências física e psicológica em que contribuíram pra o aprisionamento mental. Conjuntamente há um pensamento retórico e conservador, visando à ocultação da problemática existente, com a recusa de inovações morais, socais e políticas. Muito embora existam debates políticos, a grande maioria trata o encarceramento dos indivíduos e o acorrentamento da alma como condição temporária, não atribuindo a necessária importância. Para combater tais males, torna-se de assaz necessidade a realização de novas medidas ao Direito Penal, buscando estudos políticos e psicossociais, pois enquanto a sociedade, e o próprio Estado, enxergarem como algo desnecessário, aumentar-se-ão os problemas de encarceramento da mente nos presídios modernos.
Considerações Finais
Destarte, evidencia-se a atual necessidade de uma análise crítica quanto à ineficácia dos meios adotados, os quais são contributivos para acorrentamento da alma e o retrocesso à dignidade humana. Para tanto, são fundamentais os estudos de diversos ramos do conhecimento, tanto jurídicos, quanto no âmbito social, político e psicossocial. Desta forma, proporcionando questionamentos jurídicos acerca da política aplicada dentro do sistema prisional.