Introdução e Objetivo
O mercado da suinocultura brasileira vem se desenvolvendo cada vez mais, além dos avanços tecnológicos, o melhoramento genético, manejo sanitário e produção integrada, constituem importantes ferramentas para alcançar um melhor patamar nacional.
Atualmente o país é o terceiro maior produtor, o quarto maior exportador de carne suína do mundo, sendo que a mesma chega a mais de 70 países.
A produção de carne suína sofreu uma forte transformação nos últimos anos, o melhoramento genético foi o carro chefe do alavancamento. Atualmente os animais são mais precoces e produtivos do que a vinte anos atrás.
Estima-se que nos próximos anos a produção, bem como o consumo interno devem dobrar de tamanho, cabe aos profissionais da área garantirem que estas novas exigências sejam atendidas.
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma breve avaliação da evolução produtiva da Suinocultura Industrial no Brasil.
Metodologia
Este estudo constitui-se de uma revisão da literatura especializada, entre março e abril de 2016. Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa e qualitativa.
Para a coleta de dados foi utilizado levantamento eletrônico de artigos nacionais indexados na base de dados SCIELO.
Utilizou-se para busca a intersecção dos seguintes descritores: suínos, suinocultura industrial, produtividade, carne suína.
Para análise utilizou-se como critérios: ano de publicação (a partir de 2010 até a data atual), tema e área de pesquisa.
Resultados
A partir da década de 90, o Brasil passou a se destacar na cadeia produtiva suinícula, através da tecnificação, ganhou espaço mundial, através de sua inserção e consolidação no mercado externo de exportação.
Em 2015, o país chegou a marca de 39,26 milhões de cabeças com produção record de 3,43 milhões de toneladas de carne produzidas. Os números representam um aumento de 5,7% no número de animais abatidos e 7,4% no peso total das carcaças quando comparado ao ano anterior. Enquanto na década de 90, eram produzidos pouco mais de 1 milhão de tonelada de carne.
Segundo especialistas no assunto, esse mercado tende a expandir ainda mais nos próximos anos, devido ao aumento do consumo interno e das exportações. Enquanto, a vinte anos atrás o consumo nacional de carne suína era de 8 kg/hab/ano, em 2014 chegou a 14,5 kg/hab/ano, e este cenário tende a aumentar ainda mais.
O principal sistema de produção nacional de suínos é o sistema intensivo em confinamento. O melhoramento genético, bem como o uso de tecnologias laboratoriais favoreceram a otimização da produção, os animais reduziram espessura de toucinho, aumentaram a produção de carne, otimizaram a conversão alimentar, reduziram tempo de abate e melhoraram a qualidade de carcaça dos animais. Os animais tornaram-se mais precoces, os leitões são desmamados entre 14 e 28 dias de vida, variando de acordo com cada propriedade e abatidos por volta de 100 a 135 dias de vida, pesando cerca de 110 kg de peso vivo. Enquanto, que no passado estes animais levavam o dobro do tempo.
O número de granjas não aumentou significativamente nos últimos anos, os recordes de produção, são provenientes de investimentos tecnológicos, genética, nutrição e gestão de produção.
Considerações Finais
O Brasil é destaque mundial na produção de suínos, além de investir em genética, os produtores tecnificaram o sistema de produção, favorecendo o cenário atual, porém, ainda tem muito a avançar para atender as futuras demandas de produção animal.