Introdução e Objetivo
No Brasil o milho esta disperso por quase todo o território, e de muita versatilidade, é usado na alimentação humana, animal e de matéria prima para inúmeros subprodutos. Muitos são os fatores que interferem na produtividade do milho, como, pragas, doença, clima, fertilidade de solo e nutrição, tecnologia e outras. Ao longo dos anos tem-se notado a expansão de áreas de cultivos de milho principalmente na segunda safra na região de Campo Mourão PR, e com o aumento das áreas de cultivo é visível o aumento das pragas. Os percevejos são as espécies que mais prejudicam o desenvolvimento do milho. Estes insetos se alimentam na base das plântulas e atingem o tecido em formação em seu ponto de crescimento. O controle desdes deve ser ágil e eficiente, pois os danos acontecem logo após a emergencia e a utilização de inseticidas químicos é o método mais utilizado. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes inseticidas no controle químico de percevejos na cultura do milho.
Metodologia
O experimento foi conduzido em Janiópolis PR. ?O delineamento foi em blocos ao acaso, com nove tratamentos e quatro repetições, sendo: 1) Bifentrina, 2) Imidacloprido e Beta-ciflutrina, 3) Imidacloprid, 4) Gama-cialotrina, 5) Tiametoxam e Lambda-cialotrina, 6) Imidacloprido e Bifentrina, 7) Gama-cialotrina e Imidacloprid, 8) Acefato e 9) Testemunha. As parcelas foram constituídas de seis linhas (0,45m entre si) e 5m de comprimento, sendo a área útil as duas linhas centrais. Os tratamentos foram aplicados com pulverizador de pressão constante com bico tipo leque e volume de 200 L ha-1. Utilizou-se o híbrido Morgan 30A37 PW. Os inseticidas foram aplicados aos 3, 10 e 22 dias após a emergência (DAE) e as avaliações foram realizadas aos 2, 9, 17, 30 DAE. Atribuiu-se notas de 0 a 5 para os danos foliares. A avaliação de diâmetro e altura de plantas foi feita aos 30 DAE. ?Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott Knott a 5%.
Resultados
Na avaliação prévia, realizada antes das aplicações, aos dois DAE nenhuma das parcelas apresentavam danos foliares que chegassem a atingir nota 1,00. As plantas recém-emergidas apresentavam-se normais, ainda sem qualquer ataque de percevejo. Na avaliação realizada aos nove DAE e seis dias após a primeira aplicação dos inseticidas os danos foliares nos tratamentos não diferiram significativamente entre si e em relação à testemunha o que se atribui à baixa população de percevejos presente na área nesse período. Aos 17 DAE e sete dias após a segunda aplicação dos inseticidas os danos foliares encontrados nos tratamentos com inseticidas foram significativamente menores quando comparados aos encontrados na testemunha. As plantas tratadas com os inseticidas Imidacloprido e Beta-ciflutrina, Imidacloprid, Imidacloprido e Bifentrina, Gama-cialotrina e Imidacloprido e Acefato apresentaram os menores danos, caracterizados por folhas com pequenas pontuações amarelas. Os tratamentos com Imidacloprido e Acefato em sua formulação apresentaram resultados mais expressivos do que o inseticida com Tiametoxam e Lambda-cialotrina e àqueles que continham apenas Piretróide em sua composição. Na avaliação realizada aos 30 DAE e oito dias após a terceira aplicação dos inseticidas, os tratamentos com Bifentrina, Imidaclorido com Bifentrina apresentaram danos semelhantes aos obtidos na testemunha com folhas centrais descoloridas (estrias) com orifícios de alimentação. Quanto à altura e diâmetro de colmo das plantas, os tratamentos não diferiram significativamente entre si, e em relação à testemunha, fato que pode ser atribuído ao clima durante o período de avaliação que foi propício ao desenvolvimento da cultura e também ao ataque do percevejo que ocasionou notas baixas, ou seja, danos pouco expressivos até os 30 DAE.
Considerações Finais
Os inseticidas Imidacloprido e Beta-ciflutrina, Imidacloprid, Gama-cialotrina e Imidacloprid e o Acefato apresentaram melhor efeito no controle dos danos foliares causados por percevejos na cultura do milho. Enquanto que para altura de plantas e diâmetro de colmo nenhum tratamento apresentou diferença significativa em relação à testemunha.