Introdução e Objetivo
A quitosana, um aminopolissacarídeo derivado da quitina é um polímero de ocorrência natural encontrado nas paredes celulares dos fungos, leveduras, insetos e principalmente nas carapaças dos crustáceos, notadamente camarão, lagosta e caranguejo, constituindo cerca de 30% do exoesqueleto destes últimos. Considerando a utilização agrícola, a literatura relata que a quitosana aumenta em larga escala a população microbiana do solo, transforma fertilizantes orgânicos em inorgânicos, de forma que os nutrientes podem ser totalmente absorvidos e aproveitados integralmente pelas plantas. No que se refere a germinação, estudos sinalizam que esse resíduo tem capacidade que estimular o enraizamento, conferindo maior resistência a plântula. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi verificar a influência na emergência da soja de diferentes doses de quitosana aplicados via tratamento de sementes.
Metodologia
O trabalho foi realizado no laboratório de sementes da Faculdade Integrado de Campo Mourão, em abril de 2016. Realizou-se teste de germinação e vigor (comprimento de plântulas) para identificar o efeito da associação de quitosana (em pó) e polímero na germinação e emergência das sementes de milho. Os tratamentos utilizados foram T1=2 % de quitosana; T2= 3% de quitosana; T3=4% de quitosana; T4= 5% de quitosana e T5= testemunha. O teste de comprimento de plântulas foi realizado com quatro repetições de 20 sementes em cada tratamento. As sementes foram distribuídas no sentido longitudinal das folhas em seu terço superior, com auxílio de uma régua perfurada (gabarito), posicionadas com seu hilo voltado para a parte inferior do papel. Os rolos confeccionados foram colocadas na posição vertical no germinador regulado a 25°C, e mantido no mesmo durante sete dias. A avaliação foi realizada efetuando-se as medições das radículas de plântulas normais em centímetros.
Resultados
Para germinação, todos os tratamentos foram superiores a porcentagem mínima estabelecida por Brasil (2009) de 80% para a cultura da soja. Os resultados de vigor evidenciaram que os tratamentos com quitosana a 3% (T2) e quitosana a 2% (T1), foram os que apresentaram maior comprimento de radícula (19,25 e 19,13 cm respectivamente). As menores médias foram conferidas pela testemunha com 13,25 cm de radícula.
Santos e Favarão (2015) em trabalham semelhante encontraram resultados semelhante onde a quitosana 3% apresentou 22 cm de radícula e a testemunha 13,2. Rabea et al. (2003) relatou que a quitosana possui na sua constituição química entre 6,89 a 8,7% de nitrogênio, o que pode promover aumento no crescimento vegetativo e reprodutivo em algumas plantas. O autor sugere que a quitosana além de proporcionar aumento no crescimento da planta devido ao seu conteúdo de nitrogênio, também pode induzir o seu sistema de defesa.
Considerações Finais
Nas condições em que o experimento foi realizado, a quitosana 3 e 2 % apresentaram os melhores resultados de comprimento de radícula no desenvolvimento inicial da cultura da soja.