Introdução e Objetivo

A economia solidária é hoje uma maneira de se pensar as atividades de produção baseadas no princípio da cooperação. Nesse aspecto há um fortalecimento das noções de associativismo e cooperativismo, que representam um encaminhamento de autogestão democrática nas relações entre seus integrantes.Esse trabalho buscará compreender as aplicações e os conceitos da economia solidária, a partir de teóricos que estudam a temática, como Paul Singer e Marcio Pochmann, e seus desdobramentos na organização econômica dentro do atual contexto econômico brasileiro.

Metodologia

Esse trabalho partiu de aportes bibliográficos e análise de produções acadêmicas que têm como pressupostos as discussões do conceito de economia solidária, concebida como como uma organização social que supere os problemas da desigualdade social, acentuadas em grande medida pela globalização e aprofundamento das relações internacionais baseados na competição de mercado.

A pesquisa procurou refletir a partir dos diferentes referenciais teóricos que discutem essa temática, as aplicações no fortalecimento dos vínculos de gestão participativa de Associações e Cooperativas, que buscam superar os paradigmas de competição, para um novo modelo que integre os indivíduos, promovendo valores de solidariedade, cooperação, respeito aos direitos humanos e ao meio ambiente.

Resultados

A economia solidária é um movimento que atualmente mobiliza milhões de trabalhadores em todo o mundo, principalmente a população excluída, onde o aumento do desemprego e a impossibilidade de permanecer como força laboral no mercado de trabalho formal, tem forçado um grande aumento no número de pessoas que se organizam em movimentos associativos e cooperativos, na busca de garantir trabalho e emancipação econômica em empreendimentos econômicos com base em uma produção configurada em interesses de autogestão coletiva, democrática e solidária.

São as iniciativas coletivas que se expressam hoje em redes de produção, comercialização e consumo, que garantem dignidade e renda, buscando a melhoria na qualidade de vida de populações locais nas regiões urbanas e rurais, dinamizando essas economias, a partir do fortalecimento de vínculos e de uma organização pró-ativa da sociedade. A organização em associações e cooperativas tem se tornado uma forma de preparar os trabalhadores de maneira mais adequada, garantindo-lhes meios de subsistência, a possibilidade da garantia de direitos trabalhistas e emancipação humana.

Os desafios não são fáceis, pois é uma tentativa de reafirmar a igualdade de direitos frente aos avanços de uma organização econômica que se estabelece reforçando a desigualdades sociais e enfraquecendo os vínculos humanos de convivência harmoniosa entre si e com o meio ambiente.

Considerações Finais

A economia solidária, possui uma funcionalidade multidimensional, a partir da integração e fortalecimento de valores econômicos, sociais, políticos, culturais e ambientais, com a geração de oportunidades de trabalho e sobrevivência, pensando os indivíduos como protagonistas de direitos em uma organização justa e sustentável.