Introdução e Objetivo

A contaminação de alimentos é uma preocupação constante em todos os países do mundo. O grande desafio é adequar a produção de alimentos à demanda crescente da população mundial. Com a globalização, ficaram mais evidentes os problemas relativos à qualidade dos alimentos para consumo humano. A Organização Mundial da Saúde tem alertado para a necessidade de evitar a contaminação de alimentos por agentes biológicos com potencial de causar danos à saúde. Há vários motivos que explicam a persistência ou até o aumento da contaminação dos alimentos.  Muitas das matérias-primas utilizadas pelas indústrias alimentícias dos países desenvolvidos, como a soja consumida nos Estados Unidos, são importadas de outros países, nos quais o controle de qualidade da produção de alimentos nem sempre obedece a critérios rigorosos. O presente trabalho tem como objetivo demonstrar os principais organismos microbiológicos que contaminam os alimentos.

Metodologia

Realizou-se um levantamento bibliográfico de artigos e livros referentes à contaminação de alimentos. As palavras chave utilizadas para encontrá-los foram: organismos microbiológicos, bactérias e intoxicação alimentar. No total foram utilizados quatro livros e seis artigos. 

Resultados

A contaminação microbiana do alimento acontece de forma direta -  tecido animal ou vegetal vivo, antes do abate ou colheita, e na forma indireta, acontece depois do abate ou colheita dos alimentos, por mecanismo cruzado ou não. A higiene pessoal dos manipuladores de alimentos, do ambiente de trabalho e de utensílios utilizados para o preparo de alimentos, são itens indispensáveis para o cuidado de uma alimentação sem contaminação e de boa qualidade. Os alimentos frescos e processados, com exceção daqueles contidos em embalagens herméticas, estão em estreito contato com o ambiente e passíveis de sofrer alterações por fatores de físicos, químicos e biológicos. Os níveis de contaminação desses alimentos tendem a se acentuar com a presença de microrganismos diferentes daqueles contido na microbiota natural, em função das condições de cultivo ou captura, no caso de produtos de origem animal. Estas transformações dependem das características intrínsecas do alimento e fatores extrínsecos do ambiente. São diversos os fatores que podem contribuir para que o alimento deixe de ser seguro tornando-se um fator de risco para a saúde humana. Tais fatores aumentam a probabilidade de haver alterações nos alimentos, como por exemplo matérias-primas contaminadas, instalações deficientes, refrigeração inadequada, manipuladores portadores de microrganismos patogênicos, alimentos preparados com grande antecedência, má higiene dos manipuladores, equipamentos mal lavados, deficiência no cozimento, contaminação por vetores, equipamentos de difícil higienização e manutenção inadequada de temperatura. A ingestão de um alimento contaminado pode desenvolver uma série de desconfortos para o ser humano, como em alguns casos por exemplo, diarreia e náusea, entre outros. Os agentes patogênicos que mais provocam intoxicações alimentares, são: Salmonella sp , Listeria monocytogenes, Clostridium prefringesCampylobacter sp e Escherichia coli. Esses microrganismos patógenos podem ser detectados em diferentes métodos de análises laboratoriais. Os testes são realizados a partir de uma quantidade de amostra suficiente para ser feita a análise. Essas amostras são inoculadas em seu meio de cultura adepto para seu crescimento, para posteriormente ser incubada a respectiva temperatura e depois ser realizada a leitura e identificação da possível bactéria.

Considerações Finais

Para evitar que os alimentos sejam contaminados por microrganismos nocivos à saúde dos seres humanos, torna-se necessário que a população tome alguns cuidados que vão desde a compra até o preparo desses alimentos. A OMS recomenda a separação de alimentos crus dos cozidos para evitar a contaminação cruzada. Adotando-se essas medidas, o número de surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos poderá ser reduzido.