Introdução e Objetivo
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. Em todo o mundo, o número de idosos vem crescendo mais rápido que qualquer outra faixa etária. São estimados 1,2 bilhões de idosos em 2025 e projetados quase dois bilhões até 2050. Os idosos são mais afetados pelas quedas, sendo que com o avançar da idade, há diversas alterações fisiológicas e anatômicas no idoso, que contribuem consideravelmente para que ocorra o evento queda. Esse estudo se torna relevante para um maior preparo e enfrentamento de situações vivenciadas pelo profissional, as quais exigirão especialmente da enfermagem, conhecimento a fim de ser um ponto de apoio aos idosos nessas situações. O estudo teve como objetivo identificar os principais fatores de risco para quedas em idosos e conhecer as consequências da queda na vida dos idosos.
Metodologia
Trata-se de uma revisão bibliográfica, a análise do estudo se deu de forma qualitativa e quantitativa segundo ano de publicação, local, método do estudo, objetivos e resultados. Sendo realizado o levantamento de materiais publicados em banco de dados eletrônicos nacionais referentes a existência de quedas em idosos, sendo utilizado o banco de dados LILACS, MEDLINE e Scielo, tendo como descritores: Idoso, quedas, capacidade funcional e correlação. Como critérios de inclusão foram selecionados pesquisas de caráter nacional, artigos disponíveis em meio eletrônico, texto completo referentes ao tema e publicados entre 2004 e 2014.
Resultados
Foram selecionados 15 artigos para realização do estudo e observou-se que no período de dez anos, de 2004 a 2014, houve um aumento na publicação de artigos sobre quedas nos anos de 2011, 2012 e 2013, sendo o maior número de publicações no ano de 2013 com 33,3%. Em relação aos temas abordados nos anos com maior número de publicações, foram causas, consequências, a capacidade funcional e qualidade de vida dos idosos caidores. Em relação ao sexo, foram público em todos os estudos ambos os sexos. A relação de queda para sexo, a mulher idosa apresenta fatores fisiológicos que predispõe a queda, sendo que neste estudo os artigos selecionados relatam que o maior número de quedas foi no sexo feminino. Pode-se observar que a região de maior publicação foi na região sudeste com 66,6%, seguido da região sul com 26,6%, e região nordeste com 6,6%. Segundo o IBGE entre as capitais do país, Rio de Janeiro e Porto Alegre se destacam com as maiores proporções de idosos, representando, respectivamente, 12,8% e 11,8% da população total nesses municípios. Em contrapartida, as capitais do norte do País, Boa Vista e Palmas apresentaram uma proporção de idosos de apenas 3,8% e 2,7%. Os objetivos foram categorizados em, descrever mudanças nas atividades de vida diária (6,6%), melhor compreensão sobre olhar do idoso sobre a queda (6,6%), repercussão da queda na qualidade de vida dos idosos (20%), avaliar autonomia funcional (26,6%), ocorrência/ local de ocorrência/ consequência das quedas na qualidade de vida do idoso (40%) sendo maior número de artigos com objetivo singular. As causas das quedas podem ser multifatoriais, os fatores responsáveis por elas estão classificados em intrínsecos e extrínsecos. Pela tabela podemos observar que o fator que predispõe a queda mais encontrado na literatura é o sexo (10%), sendo o sexo feminino mais predisposto a sofrer quedas seguido de idade avançada (8,33) como já citado acima. Outra causa de quedas relevante é de uso de medicamentos (8,33%). Dificuldade de caminhar/ limitações funcionais/ história pregressa de quedas (5,8%). Outros fatores de riscos importantes são Objetos no chão/ obstáculos, tapetes, ouros (5%), alterações no equilíbrio (5%), pisos escorregadios/ pisos irregulares (4,1%), inatividade física/ baixa aptidão física (4,1%).
Considerações Finais
As quedas em idosos podem estar relacionadas a diversos fatores, sendo assim multifatorial, que resultam em sérias consequências na vida dos idosos sendo elas, limitações de atividades diárias, dependência, declínio da capacidade funcional, isolamento social, mudanças nos comportamentos, fraturas, hospitalizações e até mesmo a morte.