Introdução e Objetivo
A maca peruana (Lepidium meyenii Walp) é nativa na região dos Andes, no Peru, mas pode ser encontrada também na Bolívia, Colômbia, Chile e Argentina. Nestes países, esta planta é utilizada para aumentar a vitalidade, diminuir o stress, promover a libido, aumentar a fertilidade e o desempenho sexual de homens e mulheres. Estão presentes em sua composição antioxidantes, carboidratos, proteinas, acidos graxos insaturados, fibras, vitaminas e minerais. Devido às carcteristicas beneficas à saúde, esta raiz tem despertado grande interesse de pesquisadores, aumentando a quantidade de estudos presentes na literatura e facilitando, assim, a continuidade de pesquisas relacionadas a esta planta. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de estudos que envolvem as características químicas e os benefícios a saúde proporcionados pela maca peruana.
Metodologia
Realizou-se um levantamento bibliográfico com base em artigos científicos publicados em periódicos da área agrícola e da saúde, dissertações, publicações em anais de congressos e livros.
Resultados
A maca peruana foi estudada por diversos pesquisadores que determinaram seus constituintes químicos, como por exemplo, teor de carboidratos, lipídeos, ácidos graxos, proteínas, aminoácidos, polissacarídeos, vitaminas e sais minerais. Alguns autores encontram na matéria úmida 43% de carboidratos, 5% de fibras solúveis e 14% insolúveis, 2% de lipídeos e 10% de proteínas. A matéria seca (a raiz tuberosa em pó desidratada) contém aproximadamente 50 a 70% de carboidratos, 8 a 9% de fibras solúveis e 23% insolúveis, 2 a 4% de lipídeos, incluindo os ácidos graxos (oleico, linoleico, linolênico, mirístico, esteárico, palmítico e palmitoléico) e de 8 a 18% de proteínas. É rica em aminoácidos essenciais e em vitaminas B1, B2, C, B6, D e E, além de rutina. No Peru, o ministério da saúde realizou um estudo com doze alimentos tuberosos consumidos no país e constatou que a maca peruana está entre os que possuem o maior conteúdo de cálcio, ferro e fósforo, além de outros minerais como potássio, magnésio, sódio, cobre, zinco, manganês, boro e selênio. Alguns pesquisadores investigaram, ainda, o potencial antioxidante da maca peruana e determinaram que essa planta tem como um de seus mecanismos de ação a degradação de espécies reativas de oxigênio, pelo alto teor de polifenóis e isotiocianatos, sendo, portanto, uma provável agente profilático para doenças crônicas degenerativas ocasionadas por dano oxidativo.
Considerações Finais
Essa planta mostrou ser rica em carboidratos, ácidos graxos insaturados, fibras, proteínas, vitaminas, sais minerais e antioxidantes. A investigação e o entendimento sobre os compostos químicos constituintes desta raiz auxiliam no entendimento de suas funções biológicas e prováveis efeitos benéficos à saúde humana.