Introdução e Objetivo

A praça, desde os primórdios da civilização, é considerada como um dos espaços públicos referencia para a população citadinha, por ser um local destinado ao lazer, a recreação e a convivência humana. Vários pesquisadores como Marx (1980), Segawa (1996), Robba e Macedo (2002), têm destacado a importância das praças públicas para a sociedade.

Para estudar as praças brasileiras os autores Robba e Macedo (2002) consideram dois conceitos essenciais: o uso e a acessibilidade. O uso, como espaços livres urbanos destinados ao lazer e ao convívio da população, e a acessibilidade aos cidadãos livres de veículos. Diante disso, as praças caracterizam-se como espaços urbanos que por serem públicos, facilitam a apropriação por parte das pessoas que as utilizam.

A pesquisa teve por objetivo analisar os aspectos paisagísticos e de infraestruturas da Praça Renato Celidônio em Maringá, destacando os usos e funções.

Metodologia

A pesquisa compreendeu três etapas sendo a pesquisa bibliográfica, o levantamento de campo e análise dos resultados. A pesquisa bibliográfica foi realizada em teses, dissertações, livros e artigos científicos a respeito das praças públicas. Na sequência, por se tratar de uma pesquisa que visa levantar e avaliar as estruturas físicas e equipamentos da praça fez-se o levantamento das estruturas por meio da aplicação de formulários, compreendendo três levantamentos: a) quantitativo; b) avaliação qualitativa; c) quantitativo da vegetação.

Para avaliação dos equipamentos e estruturas, ou seja, das condições de conservação, disponibilidade de uso, qualidade do material, manutenção e conforto utilizamos a metodologia De Angelis (2000), que estabelece parâmetros fixos para análise. 

Resultados

A Praça Renato Celidônio encontra-se localizada no centro da cidade de Maringá, tendo em seus contornos as Avenidas XV de Novembro, Tiradentes, Duque de Caxias e Herval, nas coordenadas geográficas 23º 25’28”latitude sul e 51º 56’18” de longitude oeste, com altitude 557 metros.

Considerada a maior praça da cidade de Maringá que ao longo de sua história passou por várias reformas. Até 1987 era formada por duas praças, separadas apenas por uma via que ligava a Avenida XV de Novembro à Avenida Tiradentes. Com a reforma, as Praças D. Pedro II e Desembargador Franco Pereira Costa foram unidas, dando origem à Praça Deputado Renato Celidônio. Na praça encontram-se instalados vários equipamentos institucionais, dentre eles destacamos a Prefeitura Municipal de Maringá, o fórum, a agência central dos correios e o Hotel Bandeirante (considerado não institucional que se encontra desativado), e nas proximidades há 174 presença de inúmeros estabelecimentos comerciais, edifícios residenciais e a Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.

O espaço livre é provido de vários equipamentos com iluminação excelente, estacionamentos, floreiras elevadas que sustentam as luminárias, estrutura de concreto na parte central (obra de arte), inúmeras lixeiras, telefone público, sanitários, bebedouro, banca de revista, placa de identificação, bancos, pavimentação de cerâmica com cores diversas.

Quanto à sua funcionalidade, apresenta diversas atividades, entre elas exposições e feiras, com destaque para eventos como a Feira das Nações e comemorações cívicas.

A sua cobertura vegetal é constituída de 70% de espécies arbóreas e 30% de espécies arbustivas tanto nativas como exóticas. Cabe destacar as sibipirunas (Caesalpinia peltophoroides) e as palmeiras (Roystonea spp) dispostas na parte central. Cerca de 80% do solo possuem calçamento e 20% da sua cobertura se constituem de gramado e flores.

Dentre as sugestões propomos: a) substituição de todo o piso da praça, em virtude de ser de cerâmica (escorregadio); b) manutenção dos banheiros públicos (limpeza, pintura e manutenção da instalação hidráulica); c) manutenção e limpeza dos bancos; d) ampliação da segurança no período noturno contra baderneiros que danificam o patrimônio público.

Considerações Finais

A Praça Renato Celidônio desempenha diferentes funções estética, social e ambiental. No que diz respeito às estruturas em sua maioria estão em bom estado de conservação. Porém, compete ao poder público criar políticas públicas visando sempre à manutenção e recuperação das estruturas e dos equipamentos, levando em consideração as funções básicas dessas praças, que são a socialização e o lazer, sejam estes de caráter cultural, recreativo, esportivo ou contemplativo.