Introdução e Objetivo
De acordo com os dados da à OMS (Organização Mundial de Saúde) a dengue reside no mundo desde o século XVII. No Brasil, os primeiros casos apareceram no Rio de Janeiro, em 1851.
O mosquito Aedes aegypti. É um mosquito doméstico, antropofílico, com atividade hematofágica diurna e utiliza-se de depósitos artificiais de água limpa para colocar os seus ovos. O A. aegypti tem mostrado uma grande adaptação a diferentes ambientes desfavoráveis.
Em virtude do grande aumento da população do A. Aegypti viu-se necessário retomar a discussão sobre os vírus da dengue, doença que causa debilidade ao paciente podendo levar a óbito em sua forma mais grave, e se encontra em epidemia em vários municípios do Brasil em razão desta situação essa pesquisa vem atualizar e aprofundar as informações necessárias para as equipes de enfermagem sobre doença. O presente estudo tem como objetivo caracterizar os tipos de dengue e descrever o papel da equipe de enfermagem na assistência e na prevenção da doença.
Metodologia
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica narrativa, considerando os materiais disponíveis no google acadêmico, Ministério da Saúde e materiais do UNASUS. Para análise e síntese dos dados foi realizada a leitura minuciosa das informações obtidas e posteriormente foram analisados os aspectos clínicos, atendimento ao paciente com suspeita de dengue, exame físico, classificação de risco e conduta dos profissionais, para proporcionar mais conhecimentos sobre as peculiaridades do vírus e da doença.
Resultados
Por ser uma doença de notificação compulsória, todo caso suspeito deve ser comunicado, pela via mais rápida, ao Serviço de Vigilância Epidemiológico mais próximo. A infecção por dengue causa uma doença cujo espectro inclui desde infecções inaparentes até quadros de hemorragia e choque, podendo evoluir para óbito, observando que com o diagnostico precoce esse risco de óbito diminui em 80%. Considera-se caso suspeito de dengue todo paciente que apresente doença febril aguda, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos sinais ou sintomas como cefaleia, dor retro-orbitaria, mialgia, artralgia, prostração ou exantema, associados ou não a presença de sangramentos ou hemorragias, com historia epidemiológica positiva, tendo estado nos últimos 15 dias em área com transmissão de dengue ou que tenha a presença do Aedes aegyti.
No entanto, tamanha é a importância da implantação da SAE no processo de enfermagem em todas as unidades de saúde para a identificação precoce da doença. A classificação de risco do paciente com dengue visa a reduzir o tempo de espera no serviço de saúde, para essa classificação, são utilizados os critérios da Politica Nacional de Humanização do Ministério da Saúde e o estadiamento da doença. Os dados de anamnese e exame físico serão utilizados para fazer esse estadiamento e para orientar as medidas terapêuticas cabíveis. O manejo adequado dos pacientes depende do reconhecimento precoce dos sinais de alarme, do continuo acompanhamento, do reestadiamento do caso e da pronta reposição volêmica. Com isso, torna-se necessária a revisão da historia clinica, acompanhada de exame físico completo a cada reavaliação do paciente, com o devido registro em instrumentos pertinentes.
É necessário promover, exaustivamente, a Educação em Saúde até que a comunidade adquira conhecimentos e consciência do problema para que possa participar efetivamente. A população deve ser informada sobre a doença, transmissão, quadro clínico, tratamento, sobre o vetor, seus hábitos, criadouros domiciliares e naturais e sobre as medidas de prevenção e controle no combate à dengue, e sensibilizar o público em geral sobre a necessidade de uma parceria governo/sociedade com vistas ao controle da dengue em todo o país e enfatizar a responsabilidade social no exercício da cidadania numa perspectiva de que cada cidadão é responsável por si e pela sua comunidade.
Considerações Finais
Conclui-se que a dengue é uma doença grave que não há tratamento específico, apenas sintomática, com analgésicos e antitérmico devem ser evitados os salicilatos e os antinflamatórios não hormonais, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas e acidose, o paciente deve ser orientado a permanecer em repouso e iniciar hidratação oral. Neste sentido a prevenção é o melhor caminho para evitar a transmissão e agravos da doença.