Introdução e Objetivo
Segundo relato de autores, a dor é uma das principais causas de internamentos hospitalares. Considerando como algo errado no organismo, as pessoas acreditam que a dor é um sinal de doença, embora, sabe-se que grande parte das enfermidades não causa dores em sua sintomatologia. A tolerância é outro fator importante na questão da dor, pois, o mesmo estímulo pode ser suportável para uns e extremamente desagradável para outros. O que chama a atenção é que muitos profissionais da área da saúde não infundem a devida importância ao citado evento que acomete centenas de milhares de pessoas. Um programa de manejo da dor no processo de formação acadêmica e sua inserção na atividade profissional são de grande valor, pois, permite melhoria na assistência e proporciona a humanização do cuidado. Logo, o presente trabalho tem como objetivo aprofundar o conhecimento em relação a avaliação da dor, buscando sensibilizar as equipes para estabelecê-la como o quinto sinal vital no dia a dia profissional.
Metodologia
Esse trabalho foi elaborado a partir de uma revisão de literatura junto às bases de dados Lilacs e Scielo e foram incluídos artigos relacionados ao tema. Foram consideradas outras referências identificadas, manualmente, a partir da busca inicial. Os critérios para seleção dos artigos foram aqueles que retratavam o assunto, publicados no idioma português e que abordaram as palavras-chave dor, monitoramento da dor, avaliação de enfermagem e mensuração da dor. Compreendemos que a SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem – é componente importante no processo de avaliação da dor, porém, de maneira geral, as instituições de saúde ainda não possuem o Processo de Enfermagem em alguns setores ou até mesmo na sua totalidade. Independente disso, acreditamos ser importante a utilização de uma Escala de Dor como parte integrante do Processo desenvolvido pelo Enfermeiro, mesmo que seja um fragmento da SAE no seu cotidiano.
Resultados
Na profissão da enfermagem, cuidar pressupõe, além de outros aspectos, atentar às queixas subjetivas dos pacientes, visando agir prontamente com o objetivo de intervir no curso do sintoma, resultando em bem-estar e conforto. Compreende-se que a primeira ação do Enfermeiro no manejo da dor é acreditar na queixa do paciente que poderá ser verbal ou até mesmo pela sua fisionomia, devendo, para isso, orientar a equipe de enfermagem a mensurá-la e registrá-la no prontuário. A mensuração da dor é um método que visa identificar sua intensidade através de instrumentos administrados aos pacientes com o objetivo de atribuir valor que permitirá a percepção do profissional levando-o a adotar medidas para reduzir ou desfazer a dor. Observa-se unanimidade quanto à importância de avaliar a dor e sua intensidade junto ao paciente. Como dito anteriormente, a implantação da SAE permitirá avaliar e registrar as informações porque sabemos que, enquanto a dor não for identificada e descrita, não serão tomadas as medidas necessárias para o seu efetivo tratamento. Todos os dados avaliativos, sistematicamente registrados, serão a base para um diagnóstico correto da etiologia da dor e, conseqüentemente, para a prescrição da terapia e avaliação da sua eficácia. Consideramos, nessa temática, outro fator importante que é a humanização da assistência. Os profissionais da enfermagem, ao dedicarem tempo e atenção a queixa de dor presente no paciente em tratamento, oferecem atendimento mais humano e eficaz no combate a esse mal. Ao considerar a dor como um sinal vital, conduziremos o Enfermeiro a estabelecer um plano de cuidados que o condicionará a ação terapêutica vinculada à intensidade da dor. No contexto das escolas de formação em enfermagem e, inclusive, médica, considerando a assistência direta ao paciente, entendemos ser necessária a implementação de componentes curriculares com o propósito de aprofundar os estudos sobre os conceitos da dor, o uso dos instrumentos de avaliação e mensuração para, verdadeiramente, ocorrer uma assistência muito mais humanizada e centrada no indivíduo como ser único.
Considerações Finais
A inserção de componentes curriculares e a educação continuada são fundamentais para o aprofundamento do assunto, resultando num avanço significativo da assistência aos pacientes acometidos de dor. Instituir a dor como o quinto sinal vital resultará em ações que introduzirá a temática na prática profissional, a fim de se oferecer cuidados mais qualificados ao paciente com dor, resultando num atendimento humanizado onde a atenção é voltada às reais necessidades do indivíduo.